BIOMAS BRASILEIROS (tópicos de revisão) 2º ano ABL



• BIOMAS BRASILEIROS

• Conceito: cj. de ecossistemas terrestres caracterizados por tipos fisionômicos semelhantes de vegetação.
• São 7 Biomas
• Ecossistemas: comunidade total de organismos, junto ao ambiente físico e químico no qual vivem

• AMAZÔNIA

• Floresta tropical
• 5,5 milhões/km²
• 60% no Brasil
• Mais de 30% das espécies do planeta
• Vegetação hidrófila(se adapta a muita água) fechada e em estratos: arbóreo, arbustivo e herbáceo
• Sofre com a expansão da pecuária, caça e pesca predatória
• Presença de população ribeirinha
• A seca nos últimos anos em partes da região tem sido uma constante na vida de seus habitantes

• MATA ATLÂNTICA

• Típico das encostas e mares de morros do litoral brasileiro
• Muito devastada devido a exploração de madeira de lei, veio dando lugar a expansão cafeeira e hoje sofre com a expansão urbana desordenada
• Hoje, restam pouco menos de 4% de sua ocupação original
• Bastante heterogênea, latifoliada e perenifólia

• CAATINGA

• Típico do sertão semiárido do nordeste
• Vegetação xerófita( se adapta a pouca ou nenhuma água) e caducifólia(perde suas folhas numa época do ano)
• Cactos como o mandacaru, xiquexique e facheiro, além de arbustos com troncos tortuosos e coberto de espinhos
• Utiliza-se as fibras, ceras e óleos vegetais

• CERRADO

• Típico do centro oeste brasileiro
• Vegetação arbórea e arbustiva com troncos retorcidos e cobertos por cortiça, bastante espaçadas entre elas e uma vegetação rasteira amarelada que se transforma em palha na época da seca
• Solos ácidos que devem receber adição de cal para correção e posterior utilização por parte da agricultura
• Destaque para a produção de soja e mais recentemente de eucalipto e cana de açúcar

• Pantanal

• Um dos ecossistemas mais ricos do Brasil
• formado por uma planície e está situado na Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai
• extensas áreas alagadiças (pântanos) e favorecendo a existência de uma rica biodiversidade
• O ecossistema do Pantanal é muito diversificado, um verdadeiro mosaico de paisagens
• Nas planícies (região que alaga na época das cheias) encontramos uma vegetação de gramíneas
• Nas regiões intermediárias, desenvolvem-se pequenos arbustos e vegetação rasteira.
• Já nas regiões mais altas, podemos encontrar árvores de grande porte
• atividade econômica do Pantanal é a pecuária

• PAMPAS OU CAMPOS

• caracterizado por uma vegetação composta por gramíneas, plantas rasteiras e algumas árvores e arbustos encontrados próximos a cursos d'água, que não são abundantes
• 2,07% do território brasileiro
• O solo, em geral, é fértil, sendo bastante utilizado para a agropecuária.
• restrito ao estado do Rio Grande do Sul
• introdução e expansão das monoculturas e das pastagens com espécies exóticas têm levado a uma rápida degradação e descaracterização das paisagens naturais do Pampa
• algumas ameaçadas de extinção tais como: o veado campeiro (Ozotocerus bezoarticus), o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), o caboclinho-de-barriga-verde (Sporophila hypoxantha) e o picapauzinho-chorão (Picoides mixtus)

• POPULAÇÃO E DEMOGRAFIA

• Brasil supera 200 milhões de pessoas; população está mais velha e tem menos filhos
• “transição demográfica”: fase pós-industrial por taxas baixas de natalidade e mortalidade e taxas de fecundidade abaixo da taxa de reposição populacional
• Do total de habitantes, 43,6 milhões estão no Estado de São Paulo, o mais populoso, seguido de Minas Gerais (20 milhões) e do Rio de Janeiro (16 milhões)
• Depois de atingir o pico populacional, a quantidade de brasileiros começará a cair e as famílias pequenas serão a maioria. Espera-se um cenário com mais idosos e as mulheres tendo menos filhos
• Em 2013, a estimativa baixou para 1,77 filhos, média que cairá para 1,5 em 2030
• expectativa de vida também deve aumentar: hoje é de 74,8 anos e, em 2060, deve chegar a 81,2 anos
• O país terá que lidar com a queda do crescimento populacional. Nesse caso, ocorre perda de poder econômico, menos pessoas estarão em idade para trabalhar, para pagar impostos e contribuir para a previdência dos mais velhos.

• BRASIL

Espírito Santo sua origem

O estado do Espírito Santo originou-se da criação de uma capitania - Capitanias eram extensas glebas de terra doadas pela Coroa de Portugal a membros da pequena nobreza, a fim de repassar para a iniciativa privada a tarefa e os custos de promover a colonização. O sistema de capitanias hereditárias foi implantado entre 1534 e 1536. A colônia foi inicialmente dividida em 15 capitanias (faixas de terra com 50 léguas de largura) que se estendiam do litoral até os limites do Tratado de Tordesilhas (assinado entre Portugal e Espanha, com a intermediação do papa, em 7 de junho de 1484, estabelecendo que todas as terras situadas a leste de uma linha imaginária traçada a 370 léguas a oeste do arquipélago de Cabo Verde, na África, pertenciam a Portugal, enquanto as terras situadas a oeste dessa linha pertenciam à Espanha). Foram doadas a 12 capitães donatários. Mais tarde, foram criadas novas capitanias - doada a Vasco Fernandes Coutinho, fidalgo português que aportou na região a 23 de maio de 1535.
Tratava-se de um domingo do Espírito Santo, razão pela qual a capitania recebeu esse nome.
Os indígenas que habitavam a região apresentaram muita resistência ao processo colonizatório, recuando para a floresta e iniciando, a partir de então, uma luta de guerrilhas contra os portugueses, que se prolongaria até meados do século seguinte.
Além dos índios, os colonizadores tiveram ainda que enfrentar constantes incursões de piratas franceses, holandeses e ingleses na região.
A partir do século XVII, com a criação dos primeiros engenhos de açúcar, o interior do estado começou a ser povoado, desenvolvendo-se a atividade agrícola e o comércio.
No início do século XVIII, porém, a economia local entrou em processo de estagnação e a capitania, até então subordinada à Bahia, foi reintegrada à Coroa.
Em 1810 adquiriu plena autonomia, passando a ser administrada por um governador.
Com a chegada de imigrantes suíços, alemães, holandeses e açorianos, a partir de 1823, a economia da região voltou a crescer.
Embora os fazendeiros tenham se arruinado com o fim da escravatura, em 1888, a grande corrente de imigração liderada por italianos, que se manteve de 1892 a 1896, fez crescer a cultura do café, saneando as finanças do estado e permitindo o seu desenvolvimento.
Essa base agrícola histórica deu origem à denominação "capixaba", dada às pessoas originárias do estado do Espírito Santo, que, na língua indígena tupi, quer dizer terra "boa para a lavoura".
No decorrer do processo de imigração européia desencadeado no Brasil durante o século XIX, diversas comunidades alemãs foram criadas na região serrana do estado do Espírito Santo, dando origem a uma paisagem marcada por traços da cultura européia e à adoção de costumes típicos dos países daquela região.
Este é o caso do município de Domingos Martins, a 46 km de Vitória, nas barrancas do rio Jucu, muito utilizado para competições de canoagem, por seu relevo acidentado e repleto de pequenas cachoeiras. Nesse local, em 1847, foi fundada a colônia de Santa Isabel, primeiro povoado de colonização alemã no estado. Traços dessa colonização germânica podem também ser encontrados nos municípios de Paraju, Biriricas, São Miguel, Melgaço, Marechal Floriano e Santa Maria.
Todos os anos, em janeiro, tem lugar na região a Festa do Imigrante Alemão e, em fevereiro, a Festa do Chucrute, reunindo, ambas, grande quantidade de descendentes dos primeiros colonizadores.
Santa Leopoldina, situada 50 km a noroeste de Vitória, também se originou como um centro de colonização alemã no século XIX. Atualmente, o município tem 30 mil habitantes e sua principal atração é o Museu do Colono, que guarda material representativo da colonização alemã e eslava na região.
Imigrantes italianos também chegaram ao estado, instalando-se, em sua maioria, nos municípios de Aracê e Araguaia. Encontra-se em Aracê, a famosa rocha chamada Pedra Azul, de 1.822 metros de altura, onde também se encontra uma caverna, a gruta da Pedra Azul.
A região onde hoje se encontra o estado do Espírito Santo foi, no passado, terra de índios valentes e guerreiros, que lutaram violentamente contra os primeiros colonizadores, para manter o estilo de vida que conheciam e não se deixarem subjugar pelos europeus que pretendiam transformá-los em escravos. Atualmente, no entanto, a população indígena do estado ficou reduzida a um total de 884 habitantes, divididos em três grupos (Caieiras Velhas, Camboios e Pau Brasil), que ocupam área total de 4.492 hectares, já demarcada pelo governo federal, por intermédio da Fundação Nacional do Índio (FUNAI).